Alessandra Abreu - Espaço Terapêutico

"Um funcionamento inadequado da psique pode causar tremendos prejuizos ao corpo, da mesma forma que, inversamente, um sofrimento corporal pode afetar a psique, pois psique e corpo não estão separados, mas sim animados por uma mesma vida." Carl Gustav Jung

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Danças Étnicas e o Inconsciente Coletivo



As danças dos Povos são um patrimônio cultural da humanidade. Pura beleza e poesia! Fazem o resgate histórico e cultural das tradições guardadas no Inconsciente Coletivo, nos transmitindo o modus vivendi, as crenças, os valores e as histórias das comunidades. Nelas o corpo transforma-se em instrumento para a expressão simbólica, onírica e significativa do universo coletivo. Despertam a corporeidade consciente na saudação a movimentos arquetípicos de Povos que deixaram sua marca na Terra antes de nós aqui chegarmos.

Quando experimentamos a dança tradicional de um povo, estamos nos conectando com o diferente, com o respeito profundo pela diversidade e com a oportunidade de adentrar um universo que tem algo a compartilhar conosco. Este processo leva a compreensão da vida sob novos olhares e a uma expressão humana de resgate do sagrado e da significação de símbolos que preenchem o universo individual e coletivo de cada um de nós.

Conhecer a cultura dos povos nos torna mais humanos, mais próximos das raízes da ancestralidade que nos deixou algo para ser resgatado e vivido na celebração pela Vida! Nos leva à simplicidade, humildade e encontro do Eu com o Outro de forma mais acolhedora e real!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Sobre o Refinamento de Gestos e a Liberação do Psiquismo através da Dança



A Dança do Ventre é conhecida por desenvolver muita delicadeza na gestualidade feminina.
Sabemos também que conforme estimulamos a nossa sensibilidade, esta passa a ser expressa corporalmente através de características suaves e harmônicas. A Dança do Ventre realmente modela a delicadeza da Mulher, mas o refinamento humano dos gestos é algo que transcende gêneros masculino e feminino, ok?
Não posso tratar deste tema sem dizer que este conteúdo é uma coletânea de estudos sobre Corpo e Movimento, do Mestre Ivaldo Bertazzo! Mestre na Arte de transformar pessoas através da Dança!

Vamos lá:

As complexidades de movimento do homem são resultado de tomadas de consciência ao longo da evolução da espécie. São conquistas vindas tanto da experiência coletiva quanto das diversas etapas de seu percurso individual, das transformações e maturações do processo de formação de sua identidade.

A consciência serviu-se do gesto para presentificar seu estado evolutivo e, por sua vez, o gesto estimulou novos estados de consciência. O gesto é uma ferramenta que vem atender à evolução de nossos estados de consciência, promovendo modificações em nossas articulações e um refinamento em nossas estruturas musculares.

A estruturação do movimento humano acontece, em profundidade, em nossas bases sensoriais, que associadas à nossa mecânica, conferem expressão e dimensão ao gesto. Cabe aos profissionais da dança, teatro, educação, canto e terapias corporais atentarem-se para este conceito. Se não retomamos o contato direto com nossas bases sensoriais (5 sentidos, basicamente), passamos a conceituar o movimento apenas à frente de nossos olhos, sem ativar uma correspondência interior, a inteligência do movimento.

Esta inteligência vai se desenvolvendo na medida em que vamos lapidando nossos aspectos de adaptação no mundo e nos refinamos corporalmente. Na medida em que aprimoramos nossas necessidades de sobrevivência física e psíquica, no refinamento dos desejos humanos e desenvolvimento de sensibilidade. A consciência das bases sensoriais nas quais nossos movimentos estão estruturados (pele, tecidos, ossos, músculos) viabiliza a expressão psíquica de uma personalidade com todo o seu potencial de desenvolvimento. Esta estrutura vincula nossos gestos à personalização de nossa identidade.

Quanto mais nos tornamos aptos a refinar e expandir a consciência de nossos movimentos no cotidiano e na dança, mais o psiquismo se movimenta sobre novas bases, faz novos registros na pele, que leva novas informações para os ossos e músculos, que carregados com novas informações, trazem novas expressões psíquicas. É aí que os gestos vão se tornando cada vez mais estruturados, refinados, suaves, harmônicos, precisos, livres.... e a psique também!

Clínica Reabilita - Terapias Naturais

Queridos e queridas, ainda não divulguei o novo endereço do meu consultório!
O Espaço Terapêutico é agora na R. Dr. Cesário Bastos, 635 - Vila Bastos - Santo André, na Clínica Reabilita - Terapias Naturais.
Este é mais um passo que dou na direção dos meus objetivos profissionais! Desde o início de 2010 estava buscando alternativas para me unir a uma equipe multiprofissional, através da qual eu poderia oferecer a meus pacientes diferentes tipos de recursos terapêuticos. Foi quando me associei aos profissionais desta Clínica, todos especializados em diferentes áreas (Acupuntura, Fisioterapia, Yoga, Técnicas de Massagens, Tratamentos Estéticos) e eu agora com a Psicologia e a Psicopedagogia, além das outras atividades complementares.
Para quem já conhece meu trabalho, sabe que estou sempre em busca de profissionais que tenham por objetivo o Cuidado com o Ser Humano e seus processos de expansão da consciência. Bem, consegui chegar à este lugar e estar nesta equipe!
Sintam-se convidados a conhecer o espaço e os profissionais de lá. Em breve o site da clínica será atualizado e vocês verão a equipe atual. Por hora já é possível ter uma idéia do trabalho que oferecemos.
O site é http://www.reabilitaac.com.br/ - O responsável pela clínica é o Prof. Almir de Carvalho.
Visitem-nos!

Festa Cigana no Espaço Vênus






















No dia 23 de outubro aconteceu um evento muito especial no Espaço Vênus, a nossa Primeira Festa Cigana!
Foi uma oportunidade maravilhosa de mostrarmos um pouco da cultura, da dança, da alegria e do encanto do Povo Cigano!
A dança cigana promove a expressão espontânea do corpo, com consciência e liberdade! É uma energia que atua no desenvolvimento da comunicação corporal e verbal, da harmonização de gestos, da busca pela beleza da expressão livre em contato com a música. Literalmente, você dança o que sente, trazendo alegria e extroversão a quem se dispõe a experimentar o bailado!
Evento lindo viu, com energia contagiante! Meus sinceros agradecimentos a todos que tornaram esta festa inesquecível!

Atualizando o Blog! Danças Circulares Sagradas



Queridos e queridas, as Danças Circulares mensais já passaram pelos signos de Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão e Libra. Estamos indo para a dança do signo de Escorpião, continuando a jornada dos 12 trabalhos de Hércules!


Espero vocês no próximo dia 13 de Novembro, às 12hs no Espaço Vênus!


Av. Higienópolis, 341 - Vl. Gilda - Santo André


Venham participar de mais esta roda!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

A Benção do Renascimento (Uma visita das Moiras!)

As Moiras


A Personagem Principal!


PARA A MINHA ORQUÍDEA!


Às vezes é preciso explicar para uma criança, que onde ela vê uma semente haverá mais tarde uma flor. É um bom exemplo que as ajuda a compreender como é importante aprender a esperar o tempo passar e reconhecer os ciclos da vida. Cuidar de uma planta nos ajuda a compreender inúmeros processos e ciclos, na Natureza e em nós mesmos. As plantas nos tornam mais dóceis e mansos. Em muitas ocasiões plantamos juntas um girassol ou qualquer outra flor em um vaso durante a sessão, elas levam a flor embora e sei que após um tempo, em algum dia, em alguma hora, meu celular vai tocar e uma contente voz vai me dizer: "Alê, a flor vai nascer!"; Eu penso: "Missão cumprida!"
Bem, uma linda orquídea que mora em meu consultório passou um tempão sequinha após ter oferecido suas belas flores a decorar a sala. Nada... nadinha de nada... tão quietinha...
E o tempo foi passando, seu silêncio me conquistando... sua aparente imobilidade foi acumulando uma força que... puxa ... podia até parecer que não havia nada acontecendo, mas quem olhasse para a orquídea com outros olhos e verdadeiramente a sentisse, podia aspirar a VIDA que ela celebrava em suas raízes e em sua conexão com a terra.
Fui abençoada na última quinta-feira, quando estava regando minhas plantinhas e dizendo à elas que só voltaria na segunda. Ao regar a personagem principal deste texto (com muuuuito pouca água, pois orquídeas não gostam de muita água e nem de frio!), vi que ela estava repleta de 10 novos botõezinhos! Me deu até vontade de ligar para alguns pacientes e contar que as tais flores haviam brotado! rsrs! (Sim, o tempo passou!)
Lembrei-me de um antigo material de Mitologia e senti um arrepio... estariam as Moiras fazendo uma visitinha à sala? Hehehe! As Moiras são... com, licença, agora vou citar meu material:
" Na mitologia grega, as Moiras eram as 3 Deusas que determinavam a vida. os ciclos e o destino, tanto dos deuses quanto dos seres humanos. Eram responsáveis por fabricar, tecer e cortar aquilo que seria o fio da vida de todos os indivíduos e suas decisões não poderiam ser transgredidas por ninguém. Retratadas na arte e na poesia como mulheres velhas e severas ou como virgens sombrias, as deusas eram frequentemente vistas como fiandeiras. Repartiam para cada pessoa, no momento de seu nascimento, uma parcela do bem e do mal, embora a pessoa pudesse aumentar o mal em sua vida por si própria.
Durante o trabalho, as Moiras fazem uso da Roda da Fortuna, ou Roda da Vida, que é o tear utilizado para se tecer os fios. As voltas da roda posicionam o fio do indivíduo em sua parte mais privilegiada (o topo) ou em sua parte menos desejável (o fundo), explicando assim os períodos de boa ou má sorte de todos. (trecho extraído do material de uma das minhas aulas de Mitologia)."
O material é vasto, é um texto maravilhoso que ficará para outra oportunidade.
Mas o que mais vale a pena dizer neste momento é que ontem me senti muito conectada com esta energia, com a benção do renascimento! Ver estes 10 botõezinhos me trouxe a reflexão sobre o significado do trabalho das Moiras, que fiando os altos e baixos da minha vida, topo e fundo, vieram me sinalizar de que é (mais uma vez!) hora de viver vida nova! Após tantos dias silenciosos, um novo ciclo começou! Agradeci e fui embora.
Fechando a sala, ao começar a trancar a porta podia ver e ouvir as Moiras cantando juntas e dançando em círculos ao redor da fértil orquídea, com sua energia banhando a sala...

" Nós tecemos a teia da vida e da morte
Trançamos a meada do destino
Para todo e qualquer mortal
Estendemos um fio dourado
Partindo do salão do Luar
E firmamos suas pontas no Oriente e no Ocidente
No Norte e no Sul
Um arremate é dado ao meio-dia
E uma prega é costurada
Na casa do Alvorecer
E o trabalho finda-se
No salão do Sol-Poente "

Tenham um maravilhoso e renovador final de semana!






sexta-feira, 11 de junho de 2010

Em homenagem ao Dia dos Namorados!


Já faz tempo que estou para postar este texto, mas como o dia dos Namorados já está chegando... Então aqui está...
Resgatando um lindo e importante conceito indiano, lá vai:


O toque é a forma mais primitiva de comunicação entre um casal e isto o torna um elemento essencial e primordial nos relacionamentos. Toque é símbolo de nutrição emocional, através dele percebemos que não estamos sozinhos. Saber tocar é saber transmitir amor através das mãos, na compreensão de que somos parte essencial do outro.

A pele é um órgão que responde imediatamente aos estímulos a ela levados. Tudo o que acontece através da pele é sutil e profundo, capaz de alcançar a alma. Um casal que mantém o toque como linguagem de contato com o corpo possui um elo de ligação diferenciado, intenso e enraizado nos registros que a alma faz de quem as toca.

Por ser um órgão de percepção muito intenso, o contato com a pele provoca uma mobilização de fortes energias que conectam o casal com sensações perdidas ou adormecidas, levando a uma re-descoberta do corpo e das possibilidades que ele pode proporcionar.

Este é um caminho suave, que permite o fluxo do amor e da cura, que harmoniza, pacifica, energiza e estimula a aprendizagem de se estar presente, de se estar de corpo e alma entregue ao relacionamento.

O Tato conhece a linguagem silenciosa do carinho, do afeto, do amor, da sexualidade, do desejo... são infinitas as formas de expressão. Masculino e Feminino se entrelaçam, uma alquimia acontece. Este é um caminho do Feminino, em que as mãos fazem o caminho da Água, como ondas deslizando-se suavemente. Este caminho acontece assim: o Elemento Água da Mulher apaga o Elemento Fogo do Homem enquanto o Elemento Fogo do Homem aquece o Elemento Água da Mulher. Desta forma os dois de nutrem e se fortalecem.

Lhes deixo algumas perguntas: qual é a cor, o sabor, a textura e a temperatura da pele da pessoa que você ama? Você sabe descrevê-la? Sabe reconhecê-la com os olhos da alma? O que você sente quando a toca? De que modo a sua pele reage e se transforma ao ser tocada pela pessoa que você ama?

Tenham um lindo, apaixonante e romântico Dia dos Namorados!

terça-feira, 18 de maio de 2010

Óleos Naturais da Bioessência








Pessoal, como vocês já sabem, faço essências para ambientes, óleos e sabonetes! E agora também estou vendendo os produtos da Bioessência para adentrarmos um pouco mais no campo lindo, sutil e profundo da Aromaterapia.

No Espaço Terapêutico Alessandra Abreu há agora um mostruário com todo o kit, disponível para vocês conhecerem os produtos! Também continuo fazendo as composições e bouquets de tratamento, ok? A diferença é que agora vocês também podem contar com os produtos destinados para outras funções aromaterapêuticas.

Um abraço!

Alê

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Os Doze Trabalhos de Hércules - A Dança de Gêmeos


DENTRO DOS DOZE TRABALHOS DE HÉRCULES........
Já dançamos as Danças de Áries e Touro! Já trabalhamos as aprendizagens sobre o Campo do Pensamento, dos Instintos e Desejos.
E agora estamos finaliando o ciclo de Touro e entrando no signo de Gêmeos, portanto...
No próximo sábado, dia 22/05, teremos a Dança Circular de Gêmeos, simbolizando a Aprendizagem do Conhecimento de Si Mesmo.
Venha participar! No Espaço Vênus, às 11h30.
Valor R$ 20,00
Maiores informações, mande um e-mail para alessandramfa@hotmail.com

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Curso de Shantala no Consultório



Estou oferecendo o Curso de Shantala (A massagem indiana para bebês e crianças) no Espaço Terapêutico Alessandra Abreu, no próximo dia 20 de maio de 2010, no período da manhã. Neste momento o curso destina-se às mães, não é o curso profissionalizante. Para os profissionais da área da Saúde, o conteúdo inclui outros ítens. O curso profissionalizante será ministrado em outra ocasião.

Conteúdo Programático:

  • História da Shantala


  • Benefícios, indicações e contra- indicações


  • Importância do toque e da estimulação do tônus no desenvolvimento psicomotor


  • Importância da construção do vínculo de afetividade no desenvolvimento emocional


  • Ambiente


  • Preparação


  • Técnica

Para maiores informações, tais como valores e horários, favor contatar-me por e-mail: alessandramfa@hotmail.com

Até lá!

Abraço!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

O arquétipo da Mãe que mora dentro de toda Mulher!





Para completar o homem,
Deus fez a Mulher...
Mas para participar do milagre da vida,
Deus a fez Mãe.

Para liderar a casa,
Deus fez a Mulher...
Mas para edificar um lar,
Deus a fez Mãe.

Para fazer qualquer trabalho,
Deus fez a Mulher...
Mas para embalar um berço,
Deus a fez Mãe.

Para os desafios da sociedade,
Deus fez a Mulher...
Mas para o amor, a ternura e o carinho,
Deus a fez Mãe

Para ser Princesa,
Deus fez a Mulher...
Mas para ser Rainha,
Deus a fez Mãe!

Lindo, né? Minha mãe recebeu ontem da minha prima, depois encontrei pela net!
Um grande abraço!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Danças Circulares Sagradas - Os Doze Trabalhos de Hércules




O Primeiro trabalho de Hércules já foi dançado!
Foi a dança de Áries - A aprendizagem sobre o domínio dos pensamentos.
Agora é a vez do Segundo trabalho de Hércules:
Será a dança de Touro - A aprendizagem sobre o domínio do campo dos desejos e do apego.
Faremos a Dança de Touro no próximo dia 01/05/10, às 11h30, no Espaço Vênus.
Espero vocês!
Um grande beijo!

terça-feira, 13 de abril de 2010

De dentro para fora




“Não consigo fazer assim, não consigo fazer deste jeito, não consigo fazer como você…” são frases comuns dentro de um trabalho corporal. Não imaginamos que no momento em que nos expressamos desta forma, é o nosso emocional fragilizado, inseguro, incerto, tomando a frente e se comunicando por si só.
As pessoas desapercebem que este “não conseguir” não está relacionado a capacidades e habilidades, mas sim, à condição interna de libertação e disposição para a entrega.
Mas o que isto significa?
Que estas frases de limitação geram amarras na nossa psique e sem perceber, as levamos para vários outros setores da nossa vida.
O corpo expressa todas as possibilidades, todos os caminhos que abrimos e fechamos energeticamente.
Vamos pensar assim: nosso corpo consiste de 4 componentes que estão envolvidos em cada ação. São eles o movimento, a sensação, o sentimento e o pensamento. São 4 elementos que acontecem em qualquer medida, simultaneamente, durante a dança.
O pensamento envolve a pessoa estar desperta para comunicar ao corpo o que ela gostaria que ele realizasse. Este despertar envolve a consciência, o estado de alerta e de atenção consigo mesmo para se executar o movimento.
A partir do pensamento, a pessoa define como o movimento acontece e isto está relacionado à técnica. Em momentos em que a técnica se faz menos importante, trata-se da escolha de movimentação do indivíduo no espaço, ou seja, a escolha de como o movimento vai acontecer. Aprendemos que somos capazes de ter domínio sobre o corpo, quanto mais atenção e consciência dedicamos a ele.
Os movimentos gerados pelo pensamento estarão atrelados a sensações e sentimentos. Isto envolve a conexão com os nossos cinco sentidos, consciente ou inconscientemente. Visão, tato, audição, olfato e paladar. Tudo isto desperta a sensoriedade que se transmuta dentro da dança em infinitas possibilidades de movimento! A conexão com os sentidos define o encontro do movimento da dança com a intuição e com a sensualidade, isto é, o que é sensual está ligado ao despertar dos sentidos e não ao conceito deturpado popularmente conhecido, ok?
Quanto mais profundamente nos comunicamos com o mundo interno, mais o corpo se expressa autenticamente por fora e mais auto-confiança adquirimos na nossa dança e na nossa vida.
É desta forma que vamos nos libertando do emocional inseguro e nos entregando para nós mesmos. Nos acolhemos e confiamos na nossa linguagem interna. O corpo vai se soltando e conquistando o espaço. Os movimentos vão se tornando amplos e alinhados com um bem estar mental e energético. A arte se expressa de forma mais elevada e conectada com sentimentos sublimes!

quinta-feira, 25 de março de 2010

Os Doze Trabalhos de Hércules





Venham participar do nosso próximo evento!

DANÇAS CIRCULARES SAGRADAS

OS DOZE TRABALHOS DE HÉRCULES


“Quando um herói empreende uma jornada, enfrenta dragões e descobre o tesouro de seu verdadeiro Self, sua verdadeira alma. “ Carl Gustav Jung


Segundo Grof (1989), o herói é alguém que ouve o chamado da aventura e o segue. Em geral, essa pessoa, homem ou mulher, está razoavelmente bem adaptada ao ambiente sócio-cultural, mas tem anseio pelo extraordinário. Em algum ponto, essa inclinação se intensifica, tornando-se experiência de um chamado. É como se ele ouvisse uma voz interna ou externa dizendo: ‘a vida é mais do que você está vivendo’.

Durante toda a antiguidade, Hércules foi muito popular, assunto de numerosas estórias e incontáveis obras de arte. Seus famosos Doze Trabalhos contam histórias de superação e desenvolvimento pessoal, que o tornaram o mais reconhecido e célebre herói da Mitologia Grega.

Os mitos relatam experiências de vida, aquilo que os seres humanos têm em comum. São pistas para as potencialidades espirituais da vida humana, através dos quais as pessoas tornam-se capazes de conhecer e experimentar interiormente, na busca pelas suas verdades internas e descoberta do sentido de se estar vivo.

Os Doze trabalhos de Hércules nas Danças Circulares retratam o processo de individuação vivido pelo herói mitológico, mostrando os desafios e aprendizagens que respaldam o desenvolvimento da consciência. Estas aprendizagens estão associadas aos 12 signos astrológicos, cada um com a sua mensagem de crescimento e superação.

Cada dança é realizada na entrada de cada signo, ou seja, uma vez por mês. A primeira é a dança de Áries, que vai retratar a aventura mitológica que Hércules atravessou, contatando o desafio de desenvolvimento pessoal propiciado durante a regência deste signo. Desta forma, seguimos a sequência até finalizarmos o trabalho com a Dança de Peixes.

Venha conhecer e dançar esta jornada arquetípica! No Sábado dia 10/04/10, às 11h30 no Espaço Vênus.

Aulas de Dança do Ventre e Dança Cigana no Espaço Vênus




Boa tarde queridas!
Gostaria de divulgar o Espaço Vênus, muito próximo ao meu Espaço Terapêutico, que oferece aulas de Yoga, Massagens, Dança do Ventre e Dança Cigana! As aulas de dança são comigo, hoje em dois horários: Terças-feiras, das 18h00 às 19h30 e Sábados, das 10h00 às 11h30, com a possibilidade de iniciarmos uma turma de Dança Cigana às 9h00 aos sábados também. As Danças Circulares também acontecerão lá, em dias e horários a serem combinados.
Me sinto realizada por fazer esta divulgação, prova de que parcerias dão muito certo e nos colocam conectadas à pessoas que compartilham dos mesmos objetivos! Fica aqui o convite para vocês conhecerem mais um local dedicado aos cuidados do Ser!
Que possamos todas estar conectadas aos nossos objetivos existenciais com amor e responsabilidade! Sucesso!

Espaço Vênus - Av. Higienópolis, 341 - Vila Gilda, Santo André - Contato: 2865 0268 c/ Antonieta (a proprietária do Espaço)

segunda-feira, 1 de março de 2010

Força Vital



O que vou dizer hoje não é novidade para quem é aluna, paciente ou qualquer pessoa do mundo que conviva comigo... aqui compartilho um ponto de vista estritamente pessoal...
Sou fiel a tradições, gosto de mergulhar e aprender sobre a origem das coisas, conhecer culturas de povos e de me conectar com os caminhos que unem o passado ao presente.
Vocês devem estar pensando... E o que isso tem a ver com a Força Vital?
No antigo Egito, o hieróglifo para a Música era associado à alegria e ao bem-estar. Na Índia e na Grécia Antiga, estudiosos e filósofos comparavam as formas físicas às manifestações musicais, as simetrias eram relacionadas aos sons musicais, sendo também associadas às formas naturais e à Arquitetura. Essas doutrinas antigas acreditavam que a vida e a saúde dependiam da contínua simetria e das interligações harmônicas, que partiam do interior da mente e se expandiam para fora da sociedade e para o mundo natural.
Hoje em dia é tudo tão “pronta-entrega”... a vida atual nos propõe tantos caminhos moldados via “express” que passamos a viver em uma realidade superficial demais. A maioria das pessoas busca resultados a curto prazo, de preferência com o mínimo de investimento pessoal ou financeiro. Escolhem geralmente o resultado “mais rápido” ou “mais barato”. Quando a questão é o desenvolvimento interno, preferem os caminhos que levam à satisfação imediata e passageira aos caminhos que oferecem consistência e profundidade. Os conhecimentos antigos e preciosos que propõem a cura por meio da restauração da integridade musical e da ligação com a Natureza para a cura do corpo e da alma são ignorados. A superficialidade na qual a vida está moldada pode levar à artificialidade e é aí que a Força Vital entra em pauta.
Por exemplo, quando preparo uma essência aromática, uso a matéria prima que vem diretamente extraída da Natureza. Não trabalho com aromas artificiais, pois a minha intenção é que a essência exale não somente o aroma, mas também a Força Vital da planta utilizada na sua preparação. Com certeza a essência se transforma em algo que ultrapassa a simples função de perfumar o ar. Ela também preencherá o ambiente de energia! Eis a diferença entre uma essência natural de Pitanga e uma que possui o aroma de Pitanga artificial e industrializado. Seria mais fácil, rápido e barato procurar a matéria prima industrializada, mas com certeza o efeito seria completamente contrário ao meu propósito!
Voltando à música: em aulas, embora eu inclua músicas de batidas modernas das quais eu também gosto, procuro fazer com que as alunas desenvolvam a sensibilidade musical para apreciarem sons puros de instrumentos originais. Com toda certeza a linguagem destes instrumentos puros (sem sintetizadores ou equalizadores de sons) se comunicarão com nossos corpos e almas de uma maneira diferenciada, na qual passamos a vibrar naturalmente conforme o som. Quanto mais conseguimos nos relacionar com o som do instrumento puro, mais conseguimos fazer o corpo vibrar em sintonias maiores e ampliadas. A música e o movimento do corpo se elevam! A vibração natural dos instrumentos energiza órgãos específicos do nosso corpo e isso estimula a nossa Força Vital!
Por isso queridas, saibam que as músicas modernas são mais fáceis de serem dançadas, mas quem sai da superficialidade e se aprofunda na dança do ventre, vai em busca de um mergulho nas origens da dança. Vai estudar os sons que os instrumentos emitem e como o corpo se comunica a partir deles. Vai desejar usufruir de todos os benefícios desta arte. Vai aprimorar a sensibilidade musical para diferenciar a qualidade das músicas. Vai aprender a oferecer o melhor a si mesma quando for preparar um solo ou uma coreografia. Vai primar pela elegância e vai prezar a tradição. Isso faz toda a diferença!
A vida é corrida sim, precisamos realmente dar conta de muita coisa. Mas já que durante a semana nos dedicamos, entre tantas atividades, à dança, que saibamos fazer deste momento um encontro que deixa a artificialidade e a superficialidade de lado. Que possamos oferecer espaço interno para que a arte possa se expressar na sua forma mais pura e menos comercial. Vamos nos renovar energeticamente a cada aula!

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

A voz do Ventre e a Voz do Coração




“E a Grande Mãe falou:
Vai minha filha e mostra teu ventre.
Não teu ventre de carne
Mas teu ventre espiritual,
E coloca todos os meus filhos
Neste segundo coração que lhe dei.”
(Luciaurea)



Vamos falar sobre a Aprendizagem que a região do baixo ventre nos proporciona?

O baixo-ventre é a região que regula dos órgãos da reprodução, a menstruação, a menopausa e o equilíbrio hormonal. A essência desta região é a gestação e o fluxo, o equilíbrio entre o eu interior e o mundo exterior. Em estado de desequilíbrio, provoca estagnação e paralisia na vida emocional e criativa da pessoa. Costuma ser o lugar do corpo por onde a energia pode vazar, fazendo com que a pessoa se sinta impotente e fora do comando de seu próprio destino. É a área de poder no corpo, onde está localizada a energia universal Chi. Por isso, quando se encontra em desequilíbrio, o sistema imunológico pode começar a enfraquecer, deixando a pessoa suscetível a doenças. É uma região regida pelo elemento água e a água guarda a memória emocional das feridas passadas.
Pessoas que trabalham com métodos de cura profunda precisam estar conscientes dos cuidados com esta região. Quando esta região do corpo está saudável e equilibrada, a pessoa está inteiramente capaz de abraçar a sua vida, atravessando com autoconfiança os obstáculos que venham a surgir na sua caminhada. A pessoa se sente livre para buscar a sua verdade, administra seus recursos com responsabilidade e torna-se capaz de curar relacionamentos, transformar emoções e mágoas profundas e recuperar o equilíbrio de sua energia vital.
Responsabilizar-se por esta aprendizagem gera a base necessária para o fortalecimento das decisões tomadas a partir de um centro interno de entrega e esperança. A partir daí aprendemos a transcender aquilo que entendemos somente por “fogo da paixão sexual” para vivenciarmos um acolhimento do nosso Eu emocional, com mais amor, carinho e espiritualidade. Aprendemos a ouvir nossa voz interna, a ter contato com aspectos superiores da nossa Alma, em abertura através da voz do coração (a voz da consciência)! Desenvolvemos maturidade para nos relacionarmos de forma mais profunda com todas as pessoas.
Acolher nossos aspectos de desenvolvimento pessoal nos coloca em contato com a voz do ventre e a voz do coração...

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O Sagrado no Período Menstrual




As amantes da dança do ventre já sabem que a prática beneficia a mulher no seu período menstrual, reduzindo as cólicas e algumas outras oscilações corporais características deste período. Este é um dos benefícios da dança em âmbito físico. Mas vamos falar um pouquinho da parte emocional e psicológica?
As cólicas podem simbolizar um chamado para que a mulher entre em sintonia com o seu corpo.
Se considerarmos o período menstrual como um período ritualístico para o corpo e para o espírito, então as próprias aulas de dança do ventre já se tornam preparativos para a mulher entrar em contato com a sabedoria e intuição que se exacerbam neste período.
As cólicas são um lembrete para a mulher reduzir o contato com o externo e ouvir as mensagens que emanam do seu útero, do seu centro fértil, criativo e que sustenta a vida enquanto experiência do feminino.
Segundo Eleanor Gadon, “A palavra ritual vem de rtu, mênstruo em sânscrito. Os mais primitivos rituais eram relacionados ao sangramento menstrual da mulher. Acreditava-se que o sangue do útero que nutria a criança não nascida tinha mana, um poder mágico. O sangramento periódico das mulheres era um evento cósmico, como os ciclos da lua e a enchente e a vazante das marés. Nós esquecemos que as mulheres eram o conduto para o sagrado mistério da vida e da morte.”
Costumo sugerir às minhas alunas e pacientes que desenvolvam a capacidade de transformarem aspectos rotineiros da vida em ritos de celebração. Nosso crescimento enquanto seres conscientes e despertos é pautado na nossa disposição em prestarmos atenção... todo relacionamento, gesto e pensamento é abençoado com um conceito da atenção sincera que a ele dispomos.
A partir daí, escolhemos uma forma de transformar o período menstrual em um período ritualístico, começando por prepararmos o corpo para receber a menstruação durante as aulas, depois prestando atenção nas luas em que isto acontece, depois desenvolvendo um diário para anotações das percepções... enfim, cada uma de nós acaba por desenvolver uma forma de comunicação, fazendo deste momento de atenção a si mesmas um momento de profunda conexão com o Sagrado que reside dentro de si!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

As quatro funções do Feminino e a Dança do Ventre



A Dança do Ventre desperta em especial quatro das atuações do Feminino Sagrado: a Mulher, a Mãe, a Guerreira e a Anciã com a sua sabedoria.
Os movimentos de ondulações, batidas e shimmies praticados pela bailarina são símbolos do corpo para a expressão das emoções de quem dança. Cada movimento possui seu significado e mistério, está atrelado a um conhecimento simbólico e histórico que as bailarinas trazem consigo.
Em meio a tanto encanto e suavidade, percebe-se o auto-controle, a força, a resistência... a disponibilidade de acolher, alegrar e encantar quem presencia esta dança tão feminina.
A sensibilidade que é despertada entra em harmonia com a intuição e com a auto-estima da bailarina, trazendo o impulso de realização de melhores escolhas no cuidado consigo mesma e com os rumos tomados em vida.
Aliás, falando em vida... a Mulher descobre que esta conexão com o corpo transmite uma inigualável sensação de estar viva e de aproveitar cada instante com consciência e responsabilidade, oferecendo o melhor a seu corpo, mente e espírito a cada momento. Estas são, entre outras características, as quatro funções do Feminino Sagrado!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

A Dança: alguns de seus Mitos e Símbolos


São muitos os estudos que relatam a Dança presente em diversas culturas e a relação desta com a natureza e com o Sagrado. Há cerca de seis mil anos, os egípcios reverenciavam Vênus dançando a dança da Estrela da Manhã, quando os astros noturnos desapareciam, visando manter a ordem celeste. Dançava-se figurando o movimento dos planeta. Os egípcios também homenageavam o fluxo e refluxo do rio Nilo, cujos ritmos comandavam os trabalhos de semeadura e colheita, imagens da morte e ressureição da natureza eram celebradas na primavera, nos mitos e ritos das danças que evocavam Ísis e Osíris.
Entre os gregos, diz-se que "o teatro nasceu da dança, a dança do teatro e ambos de Dionisos". A frase refere-se a um cerimonial de amassamento de uvas para fazer vinho. Os pisadores cantavam e dançavam, num ritmo que contagiava a todos, até que, fatigados, eam substituídos por outros pisadores que faziam parte da platéia e que através de cantos acompanhavam o ritmo dos primeiros. Toda a população participava deste cerimonial, formando fileiras concêntricas em torno do tanque onde se amassava as uvas, aguardando a sua vez, num processo que unia a dança ao trabalho, a dança mais uma vez Sagrada ao celebrarem o Deus Dionisos.
No Brasil, o ritual do amassamento de grãos para a feitura da farinha foi herdado das danças indígenas. Em danças circulares, o pagé defumava os guerreiros dançarinos para transmitir-lhes o espírito da coragem.
Para os africanos, o trabalho do plantio e da colheita eram pontuados por cânticos, que potencializavam a força dos trabalhadores e transformavam o trabalho agrícola em uma extensa cerimônia cantada e dançada, que desdobrava-se até o momento da batedura das espigas e da moenda dos grãos. Esta prática ainda existe inclusive no Brasil, em algumas regiões do interior da Bahia.
Já a dança indiana tem origem celestial. A dança de Shiva, o "Senhor da Dança", expressa a conservação e a destruição do mundo, assim como os ciclos permanentes da atividade divina.
Portanto, a dança representa a procedência de um indivíduo, a sua "tribo", seus costumes, seu universo sagrado em comunhão com os grandes ritmos humanos da comunidade. Segundo Garaudy (1980), "a dança nos revela a unidade de todo momento do corpo com um movimento psíquico, mostrando que o físico e o espiritual não são dois domínios separados, mas sim, dois aspectos de uma mesma realidade".

Fontes: Dança, um caminho para a totalidade. De Bernhard Wosien.
Dança, símbolos em movimento. De Marie-Gabriele Wosien.