Alessandra Abreu - Espaço Terapêutico

"Um funcionamento inadequado da psique pode causar tremendos prejuizos ao corpo, da mesma forma que, inversamente, um sofrimento corporal pode afetar a psique, pois psique e corpo não estão separados, mas sim animados por uma mesma vida." Carl Gustav Jung

quinta-feira, 25 de março de 2010

Aulas de Dança do Ventre e Dança Cigana no Espaço Vênus




Boa tarde queridas!
Gostaria de divulgar o Espaço Vênus, muito próximo ao meu Espaço Terapêutico, que oferece aulas de Yoga, Massagens, Dança do Ventre e Dança Cigana! As aulas de dança são comigo, hoje em dois horários: Terças-feiras, das 18h00 às 19h30 e Sábados, das 10h00 às 11h30, com a possibilidade de iniciarmos uma turma de Dança Cigana às 9h00 aos sábados também. As Danças Circulares também acontecerão lá, em dias e horários a serem combinados.
Me sinto realizada por fazer esta divulgação, prova de que parcerias dão muito certo e nos colocam conectadas à pessoas que compartilham dos mesmos objetivos! Fica aqui o convite para vocês conhecerem mais um local dedicado aos cuidados do Ser!
Que possamos todas estar conectadas aos nossos objetivos existenciais com amor e responsabilidade! Sucesso!

Espaço Vênus - Av. Higienópolis, 341 - Vila Gilda, Santo André - Contato: 2865 0268 c/ Antonieta (a proprietária do Espaço)

segunda-feira, 1 de março de 2010

Força Vital



O que vou dizer hoje não é novidade para quem é aluna, paciente ou qualquer pessoa do mundo que conviva comigo... aqui compartilho um ponto de vista estritamente pessoal...
Sou fiel a tradições, gosto de mergulhar e aprender sobre a origem das coisas, conhecer culturas de povos e de me conectar com os caminhos que unem o passado ao presente.
Vocês devem estar pensando... E o que isso tem a ver com a Força Vital?
No antigo Egito, o hieróglifo para a Música era associado à alegria e ao bem-estar. Na Índia e na Grécia Antiga, estudiosos e filósofos comparavam as formas físicas às manifestações musicais, as simetrias eram relacionadas aos sons musicais, sendo também associadas às formas naturais e à Arquitetura. Essas doutrinas antigas acreditavam que a vida e a saúde dependiam da contínua simetria e das interligações harmônicas, que partiam do interior da mente e se expandiam para fora da sociedade e para o mundo natural.
Hoje em dia é tudo tão “pronta-entrega”... a vida atual nos propõe tantos caminhos moldados via “express” que passamos a viver em uma realidade superficial demais. A maioria das pessoas busca resultados a curto prazo, de preferência com o mínimo de investimento pessoal ou financeiro. Escolhem geralmente o resultado “mais rápido” ou “mais barato”. Quando a questão é o desenvolvimento interno, preferem os caminhos que levam à satisfação imediata e passageira aos caminhos que oferecem consistência e profundidade. Os conhecimentos antigos e preciosos que propõem a cura por meio da restauração da integridade musical e da ligação com a Natureza para a cura do corpo e da alma são ignorados. A superficialidade na qual a vida está moldada pode levar à artificialidade e é aí que a Força Vital entra em pauta.
Por exemplo, quando preparo uma essência aromática, uso a matéria prima que vem diretamente extraída da Natureza. Não trabalho com aromas artificiais, pois a minha intenção é que a essência exale não somente o aroma, mas também a Força Vital da planta utilizada na sua preparação. Com certeza a essência se transforma em algo que ultrapassa a simples função de perfumar o ar. Ela também preencherá o ambiente de energia! Eis a diferença entre uma essência natural de Pitanga e uma que possui o aroma de Pitanga artificial e industrializado. Seria mais fácil, rápido e barato procurar a matéria prima industrializada, mas com certeza o efeito seria completamente contrário ao meu propósito!
Voltando à música: em aulas, embora eu inclua músicas de batidas modernas das quais eu também gosto, procuro fazer com que as alunas desenvolvam a sensibilidade musical para apreciarem sons puros de instrumentos originais. Com toda certeza a linguagem destes instrumentos puros (sem sintetizadores ou equalizadores de sons) se comunicarão com nossos corpos e almas de uma maneira diferenciada, na qual passamos a vibrar naturalmente conforme o som. Quanto mais conseguimos nos relacionar com o som do instrumento puro, mais conseguimos fazer o corpo vibrar em sintonias maiores e ampliadas. A música e o movimento do corpo se elevam! A vibração natural dos instrumentos energiza órgãos específicos do nosso corpo e isso estimula a nossa Força Vital!
Por isso queridas, saibam que as músicas modernas são mais fáceis de serem dançadas, mas quem sai da superficialidade e se aprofunda na dança do ventre, vai em busca de um mergulho nas origens da dança. Vai estudar os sons que os instrumentos emitem e como o corpo se comunica a partir deles. Vai desejar usufruir de todos os benefícios desta arte. Vai aprimorar a sensibilidade musical para diferenciar a qualidade das músicas. Vai aprender a oferecer o melhor a si mesma quando for preparar um solo ou uma coreografia. Vai primar pela elegância e vai prezar a tradição. Isso faz toda a diferença!
A vida é corrida sim, precisamos realmente dar conta de muita coisa. Mas já que durante a semana nos dedicamos, entre tantas atividades, à dança, que saibamos fazer deste momento um encontro que deixa a artificialidade e a superficialidade de lado. Que possamos oferecer espaço interno para que a arte possa se expressar na sua forma mais pura e menos comercial. Vamos nos renovar energeticamente a cada aula!

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

A voz do Ventre e a Voz do Coração




“E a Grande Mãe falou:
Vai minha filha e mostra teu ventre.
Não teu ventre de carne
Mas teu ventre espiritual,
E coloca todos os meus filhos
Neste segundo coração que lhe dei.”
(Luciaurea)



Vamos falar sobre a Aprendizagem que a região do baixo ventre nos proporciona?

O baixo-ventre é a região que regula dos órgãos da reprodução, a menstruação, a menopausa e o equilíbrio hormonal. A essência desta região é a gestação e o fluxo, o equilíbrio entre o eu interior e o mundo exterior. Em estado de desequilíbrio, provoca estagnação e paralisia na vida emocional e criativa da pessoa. Costuma ser o lugar do corpo por onde a energia pode vazar, fazendo com que a pessoa se sinta impotente e fora do comando de seu próprio destino. É a área de poder no corpo, onde está localizada a energia universal Chi. Por isso, quando se encontra em desequilíbrio, o sistema imunológico pode começar a enfraquecer, deixando a pessoa suscetível a doenças. É uma região regida pelo elemento água e a água guarda a memória emocional das feridas passadas.
Pessoas que trabalham com métodos de cura profunda precisam estar conscientes dos cuidados com esta região. Quando esta região do corpo está saudável e equilibrada, a pessoa está inteiramente capaz de abraçar a sua vida, atravessando com autoconfiança os obstáculos que venham a surgir na sua caminhada. A pessoa se sente livre para buscar a sua verdade, administra seus recursos com responsabilidade e torna-se capaz de curar relacionamentos, transformar emoções e mágoas profundas e recuperar o equilíbrio de sua energia vital.
Responsabilizar-se por esta aprendizagem gera a base necessária para o fortalecimento das decisões tomadas a partir de um centro interno de entrega e esperança. A partir daí aprendemos a transcender aquilo que entendemos somente por “fogo da paixão sexual” para vivenciarmos um acolhimento do nosso Eu emocional, com mais amor, carinho e espiritualidade. Aprendemos a ouvir nossa voz interna, a ter contato com aspectos superiores da nossa Alma, em abertura através da voz do coração (a voz da consciência)! Desenvolvemos maturidade para nos relacionarmos de forma mais profunda com todas as pessoas.
Acolher nossos aspectos de desenvolvimento pessoal nos coloca em contato com a voz do ventre e a voz do coração...

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O Sagrado no Período Menstrual




As amantes da dança do ventre já sabem que a prática beneficia a mulher no seu período menstrual, reduzindo as cólicas e algumas outras oscilações corporais características deste período. Este é um dos benefícios da dança em âmbito físico. Mas vamos falar um pouquinho da parte emocional e psicológica?
As cólicas podem simbolizar um chamado para que a mulher entre em sintonia com o seu corpo.
Se considerarmos o período menstrual como um período ritualístico para o corpo e para o espírito, então as próprias aulas de dança do ventre já se tornam preparativos para a mulher entrar em contato com a sabedoria e intuição que se exacerbam neste período.
As cólicas são um lembrete para a mulher reduzir o contato com o externo e ouvir as mensagens que emanam do seu útero, do seu centro fértil, criativo e que sustenta a vida enquanto experiência do feminino.
Segundo Eleanor Gadon, “A palavra ritual vem de rtu, mênstruo em sânscrito. Os mais primitivos rituais eram relacionados ao sangramento menstrual da mulher. Acreditava-se que o sangue do útero que nutria a criança não nascida tinha mana, um poder mágico. O sangramento periódico das mulheres era um evento cósmico, como os ciclos da lua e a enchente e a vazante das marés. Nós esquecemos que as mulheres eram o conduto para o sagrado mistério da vida e da morte.”
Costumo sugerir às minhas alunas e pacientes que desenvolvam a capacidade de transformarem aspectos rotineiros da vida em ritos de celebração. Nosso crescimento enquanto seres conscientes e despertos é pautado na nossa disposição em prestarmos atenção... todo relacionamento, gesto e pensamento é abençoado com um conceito da atenção sincera que a ele dispomos.
A partir daí, escolhemos uma forma de transformar o período menstrual em um período ritualístico, começando por prepararmos o corpo para receber a menstruação durante as aulas, depois prestando atenção nas luas em que isto acontece, depois desenvolvendo um diário para anotações das percepções... enfim, cada uma de nós acaba por desenvolver uma forma de comunicação, fazendo deste momento de atenção a si mesmas um momento de profunda conexão com o Sagrado que reside dentro de si!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

As quatro funções do Feminino e a Dança do Ventre



A Dança do Ventre desperta em especial quatro das atuações do Feminino Sagrado: a Mulher, a Mãe, a Guerreira e a Anciã com a sua sabedoria.
Os movimentos de ondulações, batidas e shimmies praticados pela bailarina são símbolos do corpo para a expressão das emoções de quem dança. Cada movimento possui seu significado e mistério, está atrelado a um conhecimento simbólico e histórico que as bailarinas trazem consigo.
Em meio a tanto encanto e suavidade, percebe-se o auto-controle, a força, a resistência... a disponibilidade de acolher, alegrar e encantar quem presencia esta dança tão feminina.
A sensibilidade que é despertada entra em harmonia com a intuição e com a auto-estima da bailarina, trazendo o impulso de realização de melhores escolhas no cuidado consigo mesma e com os rumos tomados em vida.
Aliás, falando em vida... a Mulher descobre que esta conexão com o corpo transmite uma inigualável sensação de estar viva e de aproveitar cada instante com consciência e responsabilidade, oferecendo o melhor a seu corpo, mente e espírito a cada momento. Estas são, entre outras características, as quatro funções do Feminino Sagrado!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

A Dança: alguns de seus Mitos e Símbolos


São muitos os estudos que relatam a Dança presente em diversas culturas e a relação desta com a natureza e com o Sagrado. Há cerca de seis mil anos, os egípcios reverenciavam Vênus dançando a dança da Estrela da Manhã, quando os astros noturnos desapareciam, visando manter a ordem celeste. Dançava-se figurando o movimento dos planeta. Os egípcios também homenageavam o fluxo e refluxo do rio Nilo, cujos ritmos comandavam os trabalhos de semeadura e colheita, imagens da morte e ressureição da natureza eram celebradas na primavera, nos mitos e ritos das danças que evocavam Ísis e Osíris.
Entre os gregos, diz-se que "o teatro nasceu da dança, a dança do teatro e ambos de Dionisos". A frase refere-se a um cerimonial de amassamento de uvas para fazer vinho. Os pisadores cantavam e dançavam, num ritmo que contagiava a todos, até que, fatigados, eam substituídos por outros pisadores que faziam parte da platéia e que através de cantos acompanhavam o ritmo dos primeiros. Toda a população participava deste cerimonial, formando fileiras concêntricas em torno do tanque onde se amassava as uvas, aguardando a sua vez, num processo que unia a dança ao trabalho, a dança mais uma vez Sagrada ao celebrarem o Deus Dionisos.
No Brasil, o ritual do amassamento de grãos para a feitura da farinha foi herdado das danças indígenas. Em danças circulares, o pagé defumava os guerreiros dançarinos para transmitir-lhes o espírito da coragem.
Para os africanos, o trabalho do plantio e da colheita eram pontuados por cânticos, que potencializavam a força dos trabalhadores e transformavam o trabalho agrícola em uma extensa cerimônia cantada e dançada, que desdobrava-se até o momento da batedura das espigas e da moenda dos grãos. Esta prática ainda existe inclusive no Brasil, em algumas regiões do interior da Bahia.
Já a dança indiana tem origem celestial. A dança de Shiva, o "Senhor da Dança", expressa a conservação e a destruição do mundo, assim como os ciclos permanentes da atividade divina.
Portanto, a dança representa a procedência de um indivíduo, a sua "tribo", seus costumes, seu universo sagrado em comunhão com os grandes ritmos humanos da comunidade. Segundo Garaudy (1980), "a dança nos revela a unidade de todo momento do corpo com um movimento psíquico, mostrando que o físico e o espiritual não são dois domínios separados, mas sim, dois aspectos de uma mesma realidade".

Fontes: Dança, um caminho para a totalidade. De Bernhard Wosien.
Dança, símbolos em movimento. De Marie-Gabriele Wosien.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Você já conversou com seu corpo hoje?




Sobre a Consciência Óssea

Aprender a reconhecer nosso corpo por dentro e por fora promove profundas transformações na nossa postura diante da vida.

Poder perceber as formas dos ossos, seu tamanho, sua direção no espaço, a posição que ele ocupa dentro do nosso corpo é uma experiência maravilhosa.

Desenvolver a consciência óssea amplifica a nossa forma de olhar para a nossa estrutura e eixo de equilíbrio, no corpo e na vida. É importante tocá-los, deslizá-los e movê-los sentindo suas direções no espaço... é oferecer a si mesmo um momento de atenção para se perceber sua estrutura, o espaço que os separa dos músculos e da pele.

Este trabalho de conscientização melhora a nossa postura e a noção de alinhamento, tanto em termos de movimento como com relação ao apoio e sustentação. Amplia a consciência corporal de forma integrada e conecta o Ser à uma sensação de solidez, confiança, permanência e de estabilidade interna.

Aprender a dirigir a atenção para as partes do corpo aumenta a sensibilidade e a fluidez energética, amplia a capacidade de sentirmos o corpo como um todo e nos ensina a procurar recursos internos para liberar tensões. Não há parte do corpo que deixe de reagir quando as tratamos com afeto e atenção.